Uma fonte de proteína considerável e também uma opção alimentar, são algumas das características da Ora-pro-nóbis, planta que já possui seu reconhecimento pelas propriedades benéficas à saúde humana, e que em Caçador é cultivada há muito tempo pelo engenheiro agrônomo, phd e doutor Onofre Berton.
Com o final do inverno que se aproxima neste mês de setembro, é o momento da reprodução da Ora-pro-nóbis, da família cactácea, de origem desértica, com uma folha suculenta onde armazena água em qualquer clima. Devido a essa dificuldade em perder água das folhas, cria-se a chamada mucilagem contendo 25% de proteína.
“É uma planta que todos deveriam ter e, de todas as distribuições desta planta que já fizemos, me parece não haver nenhuma restrição de consumo às pessoas. Também sabemos que existem pessoas que não conseguem ingerir proteína de origem animal e a ora-pro-nóbis pode ser a solução para esses casos. A proteína é a estrutura do nosso organismo e todo ser humano precisa consumir para não ter problemas severos de saúde”, explica Onofre sobre algumas propriedades da planta.
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De acordo com ele, mesmo não havendo casos de restrição do consumo da ora-pro-nóbis, o recomendável a todos é em um primeiro momento realizar um teste de como a pessoa se adapta. “Aqui em casa diariamente consumimos ora-pro-nóbis ao meio dia e a noite durante as refeições, podendo ser unida a outros tipos de salada, refogada, e até mesmo pura, retirando as folhas diretamente dos galhos, como retirar uma fruta do pé”.
A planta possui seu crescimento mais significativo durante a primavera e verão. Durante o inverno, com temperaturas abaixo de zero, a parte aérea da planta acaba secando e morre. O recomendado é no início da primavera seguinte realizar o corte desta parte aérea prejudicada pois rapidamente a planta brotará com folhas saudáveis, permanecendo por um bom tempo.
Onofre ainda ressalta que a ora-pro-nóbis de sua casa não secou, justamente porque Caçador passou por um período de inverno mais ameno, sem temperaturas negativas com frequência, o que fez com que a planta resistisse.
Os frutos que a ora-pro-nóbis produz também são comestíveis e o professor ressalta que na época da floração a planta atrai um grande número de abelhas e, após cerca de uma semana de polinização, os frutos começam a crescer, contendo as mesmas propriedades da folha, ou seja, 25% de proteína. “São frutos muito saborosos, podendo-se fazer suco ou consumir in natura”.
Como é chegada a época de reprodução da ora-pro-nóbis, o engenheiro está disponibilizando em sua propriedade as chamadas estacas, para que os cidadãos interessados possam promover o plantio em suas residências. Quem desejar colher apenas algumas folhas para experimentar também é possível. As folhas podem até mesmo ser congeladas e usadas conforme a necessidade da família para saladas entre outras receitas.
“Eu diria que a ora-pro-nóbis é um achado fantástico no nosso planeta. De origem desértica ela se adapta a qualquer solo. E se a pessoas não possui um pedaço de terreno, horta ou algo deste formato, pode até mesmo plantar em vasos dentro de apartamentos. É apenas uma questão de querer conhecer a planta e se dar bem com ela. É uma grande oportunidade de manter o nível de proteína no organizamos, a partir de uma planta”, define Onofre Berton.
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