Prefeita de Canoinhas causa polêmica ao jogar livros de biblioteca pública no lixo. Dezenas de exemplares do livro didático “Aparelho Sexual e Cia: Um Guia Inusitado para Crianças Descoladas”, publicado pelo Ministério da Educação com destino a estudantes pré-adolescentes, foram parar na lata de lixo.
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Os livros integram o programa Mundoteca do Governo Federal e foram impressos com apoio da Lei de Incentivo à Cultura, além de serem distribuídos às bibliotecas escolares em todo o Brasil.
Juliana Maciel R., advogada e professora universitária, eleita a prefeita mais jovem e primeira mulher na história de Santa Catarina em 2022, expressou sua firmeza em remover os livros, afirmando que eles não transmitem os valores desejados para as crianças e adolescentes da cidade.
Para a prefeita, eles “Induzem a coisas que não estão alinhadas com os valores que acreditamos. Isso não é o que as famílias querem que seus filhos aprendam, não é o conteúdo adequado para crianças ou adolescentes em uma biblioteca. Aqui em Canoinhas, optamos por descartar esse tipo de material”, afirmou ela.
A atitude da prefeita dividiu opiniões nas redes sociais, com alguns apoiando sua ação como uma postura firme contra conteúdos considerados impróprios, enquanto outros a criticaram, associando-a a extremismos políticos.
Uma semana antes da ação da prefeita, a vereadora Tati Carvalho, de Canoinhas, também expressou preocupação com o conteúdo dos livros, solicitando que fossem separados das demais seções da biblioteca para evitar o acesso de crianças.
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De acordo com o Ministério da Educação, o livro é um projeto destinado a adultos para abordar temas relacionados ao sexo e ao amor entre os jovens.
O conteúdo trata de perguntas comuns: Como é estar apaixonado? Como se beijar na boca? Por que crescem pelos e espinhas pelo corpo durante a puberdade? O que é masturbação? E como nascem os bebês? A publicação já ultrapassou a marca de 1,5 milhão de exemplares vendidos e foi traduzida para dez línguas diferentes.
O descarte dos livros levantou questões legais e éticas, uma vez que faziam parte do acervo da biblioteca Mundoteca, um projeto de incentivo à leitura.