Rádios RBV

Menu

MPF-SP investiga cartel de licitações com empresa de SC

A investigação abrange contratações entre 2004 e 2015 em 3 estados

Fonte:
NSC Total

O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) investiga cartel de licitações com empresa de SC. Ao todo ação é contra cinco empresas, incluindo a Tigre, de Joinville, e 17 pessoas pela possível prática de cartel em licitações para obras de infraestrutura, saneamento e fornecimento de gás encanado. O órgão pede R$ 127,7 milhões de indenização junto aos envolvidos.

PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS

De acordo com o MPF-SP, os casos incluem contratações realizadas entre 2004 e 2015, que teriam prejudicado empresas privadas, públicas e sociedades de economia mista, principalmente nos estados do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. A indenização solicitada é por danos materiais e danos morais coletivos.

- Publicidade -

Conforme o órgão, a ação foi proposta pela procuradora da república Karen Louise Kahn, a partir de fatos e provas apurados em processo administrativo instaurado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Para o MPF-SP, as ilegalidades tiveram repercussão direta no resultado de pelo menos 44 licitações públicas e privadas, sendo 11 no setor de gás e 33 no de saneamento de água e esgoto, e teriam prejudicado, no mínimo, 13 clientes no setor de gás e 17 no de saneamento.

Segundo apurado pelo MPF-SP, as condutas do cartel simulavam concorrências por meio de acordos de fixação de preços e acordos de divisão de clientes ou lotes.

A ação aponta que os presidentes, vice-presidentes, gerentes, diretores e assessores das cinco empresas combinavam valores e compartilhavam informações num esquema detalhado de pré-seleção de empresas vencedoras, antecipando resultados que lhes garantia, de forma alternada, os primeiros e segundos lugares nas licitações e leilões.

Veja também

TCE/SC suspende licitação de medicamentos pelo Cincatarina

Governo prevê salário mínimo de R$ 1.502 para 2025

Conforme a ação, “os participantes do cartel, que contavam com a liderança da Tigre, combinavam previamente a divisão de lotes de licitações, em planilhas trocadas por e-mail entre os funcionários de empresas supostamente concorrentes, bem como simulavam propostas nos certames combinados”. 

As condutas, segundo o MPF-SP, resultaram em grave prejuízo à economia nacional e ao mercado consumidor atacadista de produtos de PVC e Polietileno de alta densidade (Pead), essenciais para serviços de construção civil, infraestrutura de saneamento e fornecimento de gás, na esfera pública e privada.

Procurada pela reportagem do AN, o Grupo Tigre “esclarece que até o momento não foi citado sobre esta demanda e reforça seu compromisso com as boas práticas de mercado e transparência”. 

Investigações começaram em 2016

O Cade começou as investigações em 2016, após uma delação premiada entre a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) com 11 dos acionados, incluindo a Tigre e dez funcionários.

Com relação às outras 11 pessoas físicas e jurídicas envolvidas, foram celebrados e homologados três Termos de Cessação de Conduta (TCC), que, no entanto, foram apenas parcialmente cumpridos.

Conforme o MPF-SP, por meio dos acordos, os acusados colaboraram com as investigações apresentando confissões da prática das condutas, incluindo provas de contatos telefônicos, troca de e-mails e reuniões presenciais. Esse material é mantido sob sigilo com acesso exclusivo ao juiz, ao MPF-SP e aos acusados.

Pedido de indenização milionária

Na ação, o MPF-SC solicita a condenação de todos os denunciados ao pagamento total de R$ 127,7 milhões em valores indenizatórios. Os valores serão escalonados segundo as colaborações efetuadas. Quem fizer o acordo de delação premiada deve pagar valores menores do que os não signatários, pede o órgão. 

O MPF quer, ainda, que os acionados sejam condenados à proibição de contratarem com instituições financeiras oficiais e de participarem de licitação na administração pública por prazo de, no mínimo, cinco anos; publicação do extrato da decisão condenatória em um jornal indicado pelo órgão, por dois dias seguidos em uma a três semanas consecutivas; à inscrição no Cadastro Nacional de Defesa do Consumidor; a adotarem programas de prevenção de infrações à ordem econômica no âmbito de suas respectivas sedes; e ao pagamento das custas processuais.

Participe do grupo no Whatsapp do Portal RBV e receba as principais notícias da nossa região.

*Ao entrar você está ciente e de acordo com todos os termos de uso e privacidade do WhatsApp

Últimas Notícias

Fraiburgo recebe 11º Seminário Catarinense de Agroecologia

O 11º Seminário Catarinense de Agroecologia começa nesta sexta-feira,...

Polícia Civil encontra placas solares furtadas em barracão de Santa Cecília

Na quinta-feira (21), a Polícia Civil de Santa Cecília,...

WhatsApp libera transcrição de áudios em texto; saiba como usar

A partir desta quinta-feira (21), o WhatsApp começa a...

Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda

A partir das 10h desta sexta-feira (22), cerca de...

Videira inicia Coleta Seletiva e oferece embalagens gratuitas

Videira agora oferece o serviço de Coleta Seletiva em...

Mais Lidas da semana

Jovem morre afogado em rio durante brincadeira com irmãos

Um jovem de 23 anos morreu afogado em um...

Dois homens são mortos a tiros em Lebon Régis

A madrugada deste domingo, 17, foi violenta em Lebon...

Motorista fica ferido em capotamento na SC-135 em Videira

Na madrugada deste domingo (17), por volta das 04h06,...

Homem morre afogado durante pescaria em Rio das Antas

Um homem de 59 anos foi encontrado morto na...

Master assume novo patamar de gestão com a jornada do ESG

A Master umas das empresas de alimentos que mais...

Outros Tópicos Interessantes