SC recebe verba de R$ 70 milhões contra desastres climáticos do programa PAC Seleções, diversas outras áreas receberão investimentos. Só para a contenção de encostas, cidades que apresentaram projetos vão receber mais de 70 milhões.
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O valor total do PAC será dividido entre 12 municípios e investido em diferentes setores. Para pleitear os recursos, as cidades tiveram que apresentar projetos nas áreas de interesse ou necessidade.
Seis cidades com histórico de deslizamentos, enchentes e enxurradas tiveram projetos aprovados e devem ter acesso ao recurso do PAC. A ideia é que o investimento seja focado em prevenção.
Os municípios que serão contemplados são:
- Blumenau – R$ 45,5 milhões
- Balneário Piçarras – R$ 2,3 milhões
- Bom Retiro – R$ 2,6 milhões
- Camboriú – R$ 1,6 milhão
- Florianópolis – R$ 20,1 milhões
- Jaraguá do Sul – R$ 1,7 milhão
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“O município encaminhou o governo federal mais de 30 projetos da ordem de 1,5 bilhão e esse primeiro ciclo de seleção fomos selecionados com aproximadamente R$ 160 milhões tanto para mobilidade, para segurança e outros setores importantes”, disse o secretário municipal de Infraestrutura e Transportes, Rafael Hahne.
Na prevenção de desastres na capital catarinense, estão previstos cerca de 20 milhões para a contenção de encostas nas comunidades da Mariquinha, Boa Vista, Costeira, Saco Grande e Tapera.
Prevenção
As medidas precisam ser tomadas o quanto antes, segundo a professora doutora em oceanografia e clima da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Regina Rodrigues.
“É muito urgente porque a gente não tem tempo, eles já estão ocorrendo. Então a gente tem que ter prevenção e alerta desses desastres, estar bem preparado para isso. Se nada for feito, o que você está vendo agora é uma destruição completa e a população está completamente sem base ali, então a gente tem uma perda maior de vidas, uma perda maior de infraestrutura e das casas”, declarou a professora.
Para ela, o investimento é importante, mas, além de planejamento e gestão de crise, prevenir também passa por preservação do meio ambiente.
“A gente tem destruído muito do ecossistema natural que nos protege desses eventos extremos naturalmente. Então a gente pode ter prioridades. Não vamos conseguir preservar tudo, não é isso. Mas inteligentemente a gente pode priorizar áreas que não deveriam ser desmatadas com uma certa porcentagem”, sugeriu.