O casal da campanha AME Jonatas foi preso em Santa Catarina nesta quarta-feira (22) após condenação em Joinville. Foragidos, os réus Aline e Renato Openkoski foram detidos no início da tarde no bairro Morro do Meio.
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Condenados em outubro de 2022, Aline e Renato receberam penas que, somadas, chegam a 60 anos de prisão em regime fechado, sendo Renato Openkoski que cumprirá 38 anos, 2 meses e 10 dias de reclusão em regime fechado; e Aline, 22 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão.
Com repercussão nacional, o caso se arrastou por anos, após denúncias de que os recursos arrecadados para o tratamento de Jonatas Openkoski teriam sido desviados para beneficiar o casal.
A criança morreu aos cinco anos em janeiro de 2022, vítima de uma parada cardíaca. Jonatas era portador de AME (Artrofia Muscular Espinhal) do tipo 1 e necessitava de cuidados especiais com a sua saúde.
Processo do caso Ame Jonatas transitou em julgado no mês de março
Acatando parcialmente o pedido do Ministério Público de Santa Catarina, a Justiça decidiu, à época, condenar Renato e Aline por estelionato e apropriação indébita de pessoa com deficiência. Na decisão, porém, o casal recebeu o direito de recorrer em liberdade.
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Os recursos se esgotaram, e o processo transitou em julgado no dia 25 de março deste ano. No mesmo dia, o juiz substituto Tulio Augusto Geraldo Parreiras determinou a expedição dos mandados de prisão contra a dupla.
Os mandados foram cumpridos pela Polícia Civil no início da tarde desta quarta-feira. A reportagem tentou contato com a defesa do casal, mas, até a publicação desta notícia, não obteve retorno.
Relembre o caso
O pequeno Jonatas foi diagnosticado com AME (Atrofia Muscular Espinhal) em março de 2017. O tratamento é feito com medicamento importado dos Estados Unidos, no valor total de R$ 3 milhões.
Como não tinham condições de arcar com as despesas, os pais lançaram a campanha que teve repercussão nacional. Em maio de 2017, o casal anunciou nas redes sociais que havia conseguido o valor, mas continuaria a arrecadação para poder cobrir gastos com os equipamentos que mantinham o menino vivo em casa.
Segundo o MPSC, Renato e Aline se apropriaram de mais de R$ 200 mil das arrecadações. Com o dinheiro, eles teriam comprado celulares, um faqueiro, roupas, sapatos e joias. Além disso, teriam adquirido um carro no valor de R$ 140 mil e pago uma viagem para Fernando de Noronha, que custou R$ 7.883,12.