O que começou como uma tendência inusitada nas redes sociais rapidamente ganhou repercussão mundial. As chupetas tamanho adulto vêm se tornando populares entre jovens de diversos países, incluindo China, Estados Unidos e Brasil. O item, tradicionalmente associado a bebês, agora é visto como um instrumento de alívio para estresse, ansiedade e insônia.
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Comercializadas principalmente por plataformas de e-commerce, as chupetas variam de valores dependendo do modelo, podendo chegar a R$ 380. A promessa de proporcionar conforto emocional e relaxamento tem atraído cada vez mais adultos.
“Quando estou sob pressão no trabalho, sinto uma sensação de segurança que vem da infância” — relatou um consumidor chinês ao South China Morning Post.
A moda se espalhou com força nas redes sociais, especialmente no TikTok, onde vídeos mostram pessoas usando chupetas durante o trânsito, no ambiente de trabalho ou em momentos de crise.
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Apesar da aparente inocência, a prática divide opiniões.
Comentários variam entre o apoio e a crítica: “Se quer algo na boca, masque chiclete”, ironizou um internauta.
Outro brincou: “RIP Sigmund Freud, você teria adorado o que quer que seja isso”.
Entenda o fenômeno psicológico
A adesão ao uso de chupetas adultas também pode ser explicada pelo conceito de regressão emocional. Segundo especialistas, em momentos de grande pressão, o cérebro pode buscar conforto em elementos da infância para tentar restaurar a sensação de segurança e afeto.
Usuários chegam a customizar os itens com miçangas, adesivos e pedrarias, transformando-os em acessórios de identidade visual. Porém, médicos alertam para os riscos físicos e psicológicos do modismo.
Médicos fazem alerta sobre saúde bucal e emocional
O dentista chinês Tang Caomin, da cidade de Chengdu, alerta que os impactos bucais são minimizados pelos vendedores. Ele afirma:
“O potencial dano causado pelas chupetas à boca dos clientes é intencionalmente minimizado pelos vendedores.”
O uso prolongado — especialmente acima de três horas diárias — pode provocar desalinhamento dentário, dor ao mastigar e até limitação na abertura da boca.
Além disso, psicólogos alertam que transformar a ansiedade em tendência pode banalizar o sofrimento emocional.
Quando os sintomas persistem, o ideal é procurar ajuda profissional especializada, como terapia ou avaliação psiquiátrica.