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Granizo em Videira: um mês do pior desastre climático da história

Granizo em Videira

Granizo em Videira (Foto: Reprodução | Portal RBV | Redes Sociais)

Há exato um mês, na noite de 4 de junho, o município de Videira enfrentava o pior desastre climático de sua história. Um temporal acompanhado de uma intensa chuva de granizo causou destruição de imóveis, especialmente na área rural, afetando centenas de famílias e deixando um rastro de prejuízos.

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O impacto foi tão grande que o prefeito de Videira classificou o evento como o mais severo já registrado no município. As principais comunidades atingidas pelo granizo em Videira foram São José, Passo da Felicidade, Santo Antônio, São Roque, Cambuim e Lourdes.

Na noite do desastre, aproximadamente 150 moradores ficaram desalojados. Eles precisaram buscar abrigo temporário em casas de familiares ou no espaço comunitário montado na localidade de São José, mostrando a urgência da situação.

Aproximadamente 300 residências foram danificadas no município de Videira. Já na região Meio-Oeste, segundo levantamento da Defesa Civil, mais de 700 casas foram danificadas, além de estruturas como aviários, galpões e estufas.

Desde então, o esforço coletivo tem sido a chave para a reconstrução. Em entrevista ao Portal RBV, o secretário de Planejamento de Videira e coordenador da Defesa Civil municipal, Luiz Fernando Gardini, destacou a união entre poder público, iniciativa privada, entidades e lideranças comunitárias como essencial no atendimento às vítimas.

“O município realizou a doação de 10.800 telhas, 225 colchões e mais de 17 rolos de lona, além do acolhimento imediato das famílias”, relembra Gardini.

Além disso, uma ampla mobilização social encabeçada pelo Conselho de Desenvolvimento de Videira (CODEVI) deu origem à campanha SOS Videira, que contou com centenas de voluntários e doadores. De acordo com Sérgio Gomes, presidente do CODEVI, a campanha arrecadou diretamente mais de R$ 219 mil, além de R$ 500 mil via emenda parlamentar do Deputado Federal Cobalchini e R$ 811 mil entre o Governo do Estado e Deputada Ana Campagnolo, contabilizando cerca de R$ 1,5 milhão.

O valor foi usado principalmente na compra de telhas. Mais de 2.500 já foram entregues, e novas remessas devem ser distribuídas nos próximos dias, priorizando as famílias mais afetadas. “A campanha demonstrou a capacidade de mobilização e a relevância do CODEVI. As telhas já estão sendo distribuídas às comunidades atingidas”, explica Sérgio.

A estratégia, conforme Gardini, foi atender ao pedido dos próprios moradores: “Eles diziam ‘com um teto, o resto a gente corre atrás’. Nosso foco foi garantir abrigo e dignidade para que possam seguir em frente”.

Além das telhas, doações de cestas básicas, roupas e utensílios chegaram por meio de entidades como Codevi, Lions, Rotary, CDL, ACIAV, empresas e grupos voluntários como o Quebrados Off-Road. Todos desempenharam um papel importante na logística de arrecadação e entrega.

A área rural foi uma das mais atingidas, o que trouxe preocupação extra, já que muitas famílias dependem diretamente da produção agrícola. “Videira tem o agro no seu DNA. Precisamos estar ao lado desses trabalhadores nesse momento tão delicado”, reforça Gardini.

Um mês depois, embora os sinais da destruição ainda estejam visíveis, a solidariedade segue sendo a força motriz da reconstrução em Videira.

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