Rádios RBV

Videira tem um dos menores índices de analfabetismo do Brasil, revela Censo do IBGE

Religião, autismo, renda e outros dados também ganham destaque em entrevista exclusiva com o superintendente estadual do IBGE

Fonte:
Ernesto Júnior | RBV Rádios

Videira vive um momento de crescimento populacional acima da média nacional e também apresenta indicadores sociais de destaque, como uma das menores taxas de analfabetismo do Brasil. É o que revela o novo recorte do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), detalhado em entrevista exclusiva concedida à RBV Rádios pelo superintendente estadual do órgão em Santa Catarina, Roberto Kern Gomes.

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Com base nas informações atualizadas, a população de Videira passou de 55.466 habitantes em 2022 para uma estimativa de 58.299 em 2024, um crescimento de 5,11% — acima da média catarinense e nacional.

 “O município está inserido em uma região que cresce aceleradamente, impulsionada por seu desenvolvimento econômico, o que se reflete nesses números”

Analfabetismo em Videira é um dos menores do país

Um dos dados que mais chamou a atenção do superintendente é a taxa de analfabetismo. Enquanto a média nacional é de 7% e a média estadual é de 2,7%, Videira apresenta uma taxa ainda mais baixa: 2,4% entre pessoas com 15 anos ou mais. 

“É um indicador excelente, que mostra o bom desempenho da educação local e da gestão pública na área”

Municípios vizinhos como Fraiburgo também demonstraram avanços expressivos. Em 2010, a cidade tinha 6,6% de analfabetos, número que caiu para 3,3% em 2022. A mudança no perfil da mão de obra — com a mecanização do setor agrícola — também contribuiu para essa melhora.

Religião: 75,8% dos videirenses se declaram católicos

O Censo 2022 também revelou um retrato atualizado da fé da população. Em Videira, 75,8% dos moradores se declararam católicos, número bem acima da média estadual (64%) e nacional (57%). Os evangélicos aparecem em segundo lugar e, somados aos católicos, representam mais de 92% da população local, mostrando a predominância do cristianismo na região.

Esse dado reforça uma tendência observada em todo o Brasil: enquanto o catolicismo ainda é a religião com maior número de adeptos, sua participação relativa vem diminuindo, principalmente entre os jovens, com crescimento dos evangélicos e do número de pessoas sem religião (9,3% no país).

Autismo: 1% da população de Videira tem diagnóstico confirmado

Pela primeira vez, o IBGE incluiu no Censo informações sobre o transtorno do espectro autista (TEA). Segundo os dados, 1% da população de Videira tem diagnóstico médico confirmado para o TEA, totalizando cerca de 530 pessoas.

Apesar de o índice ser ligeiramente inferior à média nacional e estadual (1,2%), a inclusão do dado é considerada um avanço importante. “É um retrato inédito, que permite visibilidade e pode embasar políticas públicas mais efetivas de apoio a essas famílias”, afirmou o superintendente.

Municípios da região também aparecem no levantamento: Fraiburgo tem 239 pessoas com diagnóstico e Caçador, 775.

Emprego e renda: SC tem o menor índice de desemprego do Brasil

Além dos dados do Censo, o IBGE realiza continuamente outras pesquisas, como a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Ela monitora, entre outros dados, a taxa de desemprego, que atualmente é de apenas 2,8% em Santa Catarina — o menor índice do país. “Estamos com uma situação de quase pleno emprego no estado”, ressaltou Roberto.

Outra pesquisa importante em andamento é a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), que investiga os hábitos de consumo da população. Ela é usada para atualizar os indicadores de inflação, como o INPC e o IPCA. “Essa pesquisa revela em que o brasileiro gasta seu dinheiro, e serve de base para políticas econômicas mais realistas”, explicou.

A importância de responder ao IBGE

Durante a entrevista, o superintendente fez um apelo à população para que continue atendendo os recenseadores e os pesquisadores do IBGE. “Os dados que colhemos servem para planejar creches, escolas, postos de saúde e políticas públicas em geral. É fundamental que a população entenda que, ao responder ao IBGE, ela está contribuindo para o próprio desenvolvimento da sua cidade”, destacou.

Os profissionais do IBGE estão sempre identificados com crachá, colete e dispositivo de coleta. Em caso de dúvida, é possível confirmar a identidade do entrevistador por meio do site oficial do IBGE ou pelo telefone 0800-721-8181.

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