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Mais de 34 mil crianças e adolescentes vivem em união conjugal no Brasil

Mais de 34 mil crianças e adolescentes vivem em união conjugal no Brasil

Foto: Divulgação

Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (5), mostram que mais de 34 mil crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos vivem em união conjugal no Brasil. Os números fazem parte do questionário da amostra do Censo 2022, que aborda nupcialidade e estrutura familiar. Entre esse grupo, quase oito em cada dez (77%) são meninas.

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O IBGE esclarece que os dados refletem informações fornecidas pelos próprios moradores e não correspondem necessariamente à comprovação legal das uniões.

Segundo o instituto, as respostas podem conter interpretações pessoais, erros de preenchimento ou percepções equivocadas.

Conforme o levantamento,

A legislação brasileira proíbe o casamento civil para menores de 16 anos, salvo autorização judicial em casos excepcionais.

Entretanto, o IBGE reforça que não é sua função verificar a legalidade dessas uniões, já que o Censo não exige certidões ou documentos.

“A coleta é baseada unicamente na declaração do informante”, explica Marcio Mitsuo Minamiguchi, da Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE. Luciene Aparecida Longo, técnica do instituto, destaca que o conceito de “união consensual” não demanda comprovação documental. “A resposta depende de quem declara. Uma pessoa pode se considerar em união, enquanto a outra se vê como namorada, por exemplo”, afirma.

Perfil e distribuição regional

O levantamento detalha a distribuição por cor, raça e estado.

A maioria é formada por pessoas

O estado com mais crianças e adolescentes em união conjugal é São Paulo (4.722), seguido por

Outros dados do Censo 2022 revelam mudanças na estrutura familiar: o número de pessoas morando sozinhas triplicou desde 2000, chegando a 13,6 milhões.

A população em união conjugal atingiu 51,3% em 2022, enquanto a proporção de pessoas que nunca viveram em união caiu para 30,1%.

Ela reforça que questionar uniões a partir de dez anos busca retratar a realidade brasileira. “O IBGE quer o retrato do país e não somente o que é legal ou não, justamente para identificar onde políticas públicas podem atuar”, diz Luciene.

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