O aborto espontâneo é uma das complicações mais comuns da gestação, afetando entre 10% e 20% das gestações reconhecidas, principalmente nas primeiras 12 semanas. Embora frequente, o assunto ainda é cercado de dúvidas, medos e tabus.
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aborto espontâneo é caracterizado pela interrupção não intencional da gravidez, podendo ocorrer por diferentes causas — desde fatores genéticos até questões de saúde da mãe.
O que pode causar um aborto espontâneo?
A maior parte dos casos está ligada a alterações genéticas do embrião, como trissomias e outras anomalias cromossômicas, que representam até 65% das perdas gestacionais. No entanto, há outros fatores que podem contribuir, como:
- Idade materna avançada (acima de 35 anos);
- Doenças crônicas não controladas, como diabetes e distúrbios da tireoide;
- Doenças autoimunes, obesidade, estresse excessivo e distúrbios hormonais;
- Alterações uterinas, como miomas ou má-formações;
- Infecções, como toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e até COVID-19;
- Hábitos nocivos, como o tabagismo e o consumo de álcool.
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“Embora nem sempre seja possível evitar, identificar e tratar previamente algumas dessas condições pode reduzir bastante os riscos”, explica o ginecologista e obstetra Dr. Carlos Winck.
Sinais de alerta: quando procurar ajuda?
É importante ficar atenta aos sintomas, especialmente no início da gravidez. Segundo Dr. Carlos Winck, os sinais que merecem atenção são:
- Sangramento vaginal;
- Cólica persistente ou dor abdominal intensa;
- Dor lombar forte;
- Saída de coágulos ou tecidos pela vagina;
- Desaparecimento repentino dos sintomas da gravidez.
“Perceber qualquer um desses sintomas é motivo para buscar atendimento médico imediato. A resposta rápida pode fazer diferença”, orienta o especialista.
O impacto emocional: acolher também é cuidar
Estima-se que mais de 23 milhões de abortos espontâneos ocorram por ano no mundo. Apesar da alta frequência, muitas mulheres enfrentam esse momento em silêncio, sem o suporte emocional adequado.
“É um processo que, muitas vezes, vem acompanhado de culpa e sofrimento. Por isso, é essencial que a mulher seja acolhida com escuta, empatia e orientação”, ressalta Dr. Winck. “O cuidado emocional deve caminhar junto com o tratamento físico.”
Como prevenir?
Embora nem todos os abortos possam ser evitados, alguns cuidados aumentam as chances de uma gestação tranquila. O primeiro passo é procurar um médico antes mesmo de engravidar, para fazer exames, revisar o histórico de saúde e receber orientações específicas.
Durante a gestação, manter uma rotina saudável, com alimentação equilibrada, acompanhamento médico regular e controle de doenças crônicas é fundamental.
Consultório Dr. Carlos Winck
Rua Coronel Fagundes, 100, 2º andar – Centro, Videira (SC) – 📞 (49) 3566-2766