O PROCON de Santa Catarina reforça o alerta para que a população denuncie qualquer sintoma fora do comum após consumir bebidas alcoólicas. A Diretoria de Relações e Defesa do Consumidor trabalha intensamente para identificar a presença de bebidas falsificadas contaminadas com metanol em SC. Desde junho, em São Paulo, três pessoas morreram e outras nove foram internadas devido a envenenamento por essa substância tóxica.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
A delegada Michele Alves, diretora do PROCON/SC, recomenda:
“Na hora de consumir algum produto, verifique a embalagem ou se há erros de português no rótulo. Isso são indícios de bebidas falsificadas. Tendo qualquer sintoma, além de procurar um médico, denuncie ao PROCON/SC! Estaremos recebendo essas informações para apurar todos os casos.”
Investigação, sintomas e prevenção para consumidores
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, informou que “tudo indica que existe distribuição para além do estado de São Paulo.” A Polícia Federal investiga uma rede de distribuição que envolve diferentes bebidas, como gin, uísque e vodka.
Veja também
Pensão para filhos de mulheres vítimas de feminicídio é oficializada
Uma em cada cinco garrafas de vodca no Brasil é falsificada, revela estudo
A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica grave e um risco para a saúde pública.
O metanol é inodoro, incolor e não altera o sabor da bebida, o que dificulta sua detecção. Por isso, o PROCON/SC recomenda não realizar testes caseiros, que não são confiáveis e só podem ser feitos em laboratório. Sintomas comuns aparecem entre 6 e 12 horas após o consumo e incluem visão turva, dor de cabeça, náuseas, vômitos e dificuldade para respirar.
Fique atento a sinais de alerta como preços muito baixos, pontos de venda informais, rótulos com erros de português, ausência de CNPJ, lacres violados, vidro com rebarbas e bebidas turvas. Mesmo sem sinais claros, prefira sempre comprar de fontes confiáveis e exija nota fiscal.
Orientações para fornecedores e como denunciar
O PROCON/SC reforça que a falsificação de bebidas é crime previsto no Código Penal e na Lei 8.137/90, com punições severas para os responsáveis. Uma nota técnica da Secretaria Nacional do Consumidor orienta estabelecimentos a comprar apenas de fornecedores formais, exigir nota fiscal com chave válida e rejeitar produtos com lacres violados ou rótulos mal feitos.
Fornecedores devem adotar procedimentos rigorosos, como conferência dupla dos produtos, registro detalhado dos lotes e destruição de garrafas vazias para evitar recondicionamento. Caso identifiquem produtos suspeitos, devem interromper vendas, guardar evidências e comunicar o PROCON/SC imediatamente.
Consumidores que desconfiem de intoxicação por metanol podem denunciar pelo atendimento virtual Catarina (48 3665 9046) ou WhatsApp (48 3665 9057). Para emergências, ligue para os centros de controle de intoxicações de Santa Catarina ou São Paulo.