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Projeto transforma bagaço de uva em aliado da saúde metabólica

Projeto transforma bagaço de uva em aliado da saúde metabólica

Fotos: Ascom Uniarp

Um projeto da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (Uniarp), com apoio da Fapesc, está transformando o bagaço de uva, antes considerado um resíduo agroindustrial, em produto com potencial para melhorar a saúde metabólica e hepática.

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A pesquisa identificou altos teores de compostos fenólicos e elevada capacidade antioxidante nas farinhas produzidas a partir do bagaço. Com elas, os pesquisadores desenvolveram pão, ketchup e geleia funcionais, que obtiveram excelente aceitação sensorial.

Na etapa clínica, 67 pacientes com síndrome metabólica foram avaliados. Antes da suplementação, 85% apresentavam esteatose hepática subclínica e 70% disbiose intestinal, reforçando o potencial preventivo e nutricional do produto.

O estudo é coordenado pela professora Dra. Claudriana Locatelli, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Sociedade (PPGDS), com apoio de uma equipe multidisciplinar de docentes, pesquisadores e estudantes dos cursos de Biomedicina e Pós-Graduação da Uniarp.

As análises envolveram parcerias interinstitucionais, como a Universidade Federal de Pernambuco, responsável pelas análises bromatológicas, e a UFSC, que colaborou nas análises inflamatórias. Os testes físico-químicos, bioquímicos e moleculares ocorreram nos laboratórios da UNIARP (LEAC e LabBioSaúde), consolidando a infraestrutura de pesquisa da instituição.

Novas linhas de investigação

O projeto impulsionou o Grupo de Pesquisa Translacional em Saúde da Uniarp e contribuiu para a aprovação de um novo Laboratório Multiusuário pela Fapesc, com investimento de R$ 3 milhões. A iniciativa amplia as perspectivas de inovação científica e tecnológica na região.

A pesquisa também fomentou a formação de estudantes e promoveu a internacionalização da ciência catarinense — a doutoranda Karine Luz realiza parte dos estudos em Lisboa (Portugal), em modelo de doutorado sanduíche.

Ciência, saúde e sustentabilidade caminhando juntas

Segundo a professora Claudriana Locatelli, o projeto demonstra que ciência, saúde e sustentabilidade podem caminhar juntas, agregando valor a resíduos regionais e gerando impactos positivos para a sociedade e o meio ambiente.

“Este projeto exemplifica o impacto dos investimentos públicos em ciência e inovação, mostrando como a integração entre universidades, agências de fomento e sociedade pode gerar soluções sustentáveis e socialmente relevantes”, destacou a pesquisadora.

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