Um anfíbio minúsculo, mas que desperta enorme curiosidade, acaba de ser oficialmente registrado pela ciência. Batizado como Brachycephalus lulai, o sapo ganhou rapidamente destaque nacional por seu nome, em homenagem ao presidente Lula, e é popularmente chamado de sapinho-abóbora.
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O exemplar foi identificado na Serra do Quiriri, no município de Garuva, Norte de Santa Catarina, uma área de Mata Atlântica preservada e de difícil acesso.
A região integra a proposta de criação do Parque Nacional Araçatuba–Quiriri, que abrangerá SC e Paraná.
A unidade de conservação planeja proteger áreas dos municípios de Garuva, Joinville e Campo Alegre, em Santa Catarina, e Tijucas do Sul e Guaratuba, no Paraná.
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O projeto, ainda em fase preliminar, visa preservar ecossistemas de montanhas e campos de altitude, de grande relevância ambiental.
A iniciativa foi apresentada à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pelos deputados estaduais Marquito (PSOL-SC) e Goura (PDT-PR) em março deste ano.
Características
O sapinho-abóbora mede aproximadamente 11 milímetros e se destaca pela coloração laranja intensa, característica de algumas espécies do gênero Brachycephalus, conhecido por reunir anfíbios diminutos e altamente especializados.

A descoberta
A descoberta é fruto de anos de pesquisa conduzida por cientistas da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e UFPR (Universidade Federal do Paraná).
O estudo, publicado no periódico científico PLOS One, detalha características físicas, genéticas e comportamentais que diferenciam o Brachycephalus lulai de seus parentes próximos.
Além do visual chamativo, o canto do macho foi determinante para a identificação da espécie.
As vocalizações são rápidas e curtas, emitidas em rajadas, especialmente durante o período reprodutivo. Exames de tomografia e análises de DNA confirmaram que se tratava de uma espécie inédita.
Embora habite uma área restrita, o sapo não apresenta risco imediato de extinção. Pesquisadores recomendam, entretanto, medidas de proteção ambiental, devido à presença de outras espécies endêmicas e ameaçadas na Serra do Quiriri.
O sapinho-abóbora, ou Brachycephalus lulai, reforça a riqueza da biodiversidade brasileira e a importância de conservar ecossistemas únicos ainda pouco explorados.





