O mês de junho começou com bons sinais para o setor hortigranjeiro, especialmente nos mercados de alho e cebola em Santa Catarina. Segundo levantamento da Epagri/Cepa, os dois produtos registraram valorização significativa nos preços ao produtor e no atacado, acompanhada de projeções de safra mais robusta para o próximo ciclo.
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No caso do alho das classes 4 e 5, após uma leve retração de 1,32% no mês de maio, os preços subiram com força nas primeiras semanas de junho. O valor médio pago ao produtor atingiu R$ 20,00/kg, representando alta de 15,94%. No atacado, a cotação média chegou a R$ 24,86/kg, uma elevação de 9,51% em relação ao mês anterior.
Esse movimento de alta reflete a boa performance da safra atual, o que vem estimulando os produtores a expandirem suas áreas de plantio.
A estimativa inicial para a safra 2025/26 aponta crescimento de 12,75% na área cultivada.
A produção prevista é de 7,76 mil toneladas, um aumento de 7,44% sobre o ciclo anterior, com produtividade média estimada em 10.453 kg/ha.
Enquanto isso, o mercado de cebola também apresentou forte aquecimento. O preço médio ao produtor subiu 5,98% em maio e deu um salto expressivo de 40,82% na primeira semana de junho, chegando a R$ 52,67 por saca de 20 kg. No atacado, a média em maio foi de R$ 63,42/saca, com nova alta em junho, atingindo R$ 65,58.
Cebola
A projeção da Epagri/Cepa para a cebola em 2025/26 é igualmente positiva: 594 mil toneladas devem ser colhidas em Santa Catarina, aumento de 6,78% sobre o ciclo anterior.
Esse crescimento se dá por um avanço de 1% na área plantada e uma produtividade média de 30,5 t/ha.
Apesar do cenário interno promissor, o Brasil continua importando grandes volumes. Em maio, foram 17,74 mil toneladas de alho, 11,78% menos que em abril, mas ainda 6,48% acima de maio de 2024.
Já as importações de cebola somam 111,5 mil toneladas em 2025, o equivalente a 49,27% do total importado no mesmo período do ano passado.
Só em maio, o país importou 60,2 mil toneladas, com preço médio (FOB) de US$ 0,16/kg.