Santa Catarina acaba de alcançar um feito histórico no setor agrícola. O grupo Agro Mallon, de Canoinhas, conquistou o título de Campeão Nacional de Máxima Produtividade da Soja na safra 2024/2025. A lavoura da Fazenda Santa Bárbara, no município do Planalto Norte catarinense, atingiu a impressionante marca de 135,49 sacas por hectare, em cultivo sem irrigação (sequeiro).
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A conquista foi anunciada nesta quinta-feira (26), durante evento realizado em São Paulo pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), que organiza o desafio há 17 edições.
O concurso visa reconhecer e valorizar os melhores resultados do país na cultura da soja, com base em critérios técnicos, produtivos e sustentáveis.
No cultivo irrigado, o vencedor foi o agricultor Paulo Storti, que alcançou 126,71 sacas por hectare na Fazenda Santana, localizada em Itapeva (SP).
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Na mesma cerimônia, o Cesb premiou os melhores resultados regionais em cultivo de sequeiro. Santa Catarina também liderou essa categoria. As demais regiões vencedoras foram Bahia, Tocantins, Goiás e São Paulo.
No total, mais de 4,7 mil áreas de produção se inscreveram no desafio, com 812 propriedades auditadas em 15 estados brasileiros.
A auditoria do Cesb segue metodologia rigorosa, que inclui análise de solo, mapeamento geográfico e avaliação das práticas ambientais, sociais e de governança (ESG). A média geral das áreas auditadas ficou em 95,69 sacas por hectare, bem acima da média nacional estimada em 58,9 sacas/ha.
Segundo o vice-presidente do Cesb, Sergio Abud, o sucesso está na combinação entre ciência e gestão agrícola. “A integração entre ciência, manejos de precisão, genética, qualidade de sementes e práticas agronômicas sustentáveis é o caminho para romper barreiras de produtividade com responsabilidade econômica e ambiental”, afirmou.
Os segredos dos campeões da soja
Os campeões seguiram práticas técnicas avançadas. Escolheram cultivares com alto vigor, adequada germinação e densidade populacional ideal. Mantêm rotação de culturas e aplicam insumos biológicos, com média de oito intervenções fitossanitárias por safra.
Outro destaque é o cuidado com a correção do solo, feita a cada dois anos, para equilibrar o pH e otimizar a absorção de nutrientes. Além disso, o uso de tecnologias de precisão como imagens aéreas e divisão por zonas de manejo também se mostrou essencial.
O clima contribuiu com uma eficiência estimada de 72% nas regiões vencedoras, favorecendo os resultados da safra.