A redução da área plantada e consequentemente a baixa na produção do milho no Sul e a crescente demanda do produto, preocupam os produtores e autoridades. Esta preocupação é devido a pecuária, essencial para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, a qual depende fortemente do milho para a ração de suínos, aves e bovinos.
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Nesta segunda-feira (12), a Secretaria de Agricultura e Pecuária de Santa Catarina e a Epagri promoveram um debate online para discutir os desafios da produção de milho.
Especialistas destacaram que nenhum dos estados da região Sul é autossuficiente na produção de milho, com o Paraná sendo o menos dependente de importações.
O Rio Grande do Sul enfrenta redução na área plantada devido à substituição por soja, além de problemas com a cigarrinha-do-milho.
Em Santa Catarina, que necessita de 8,2 milhões de toneladas de milho anualmente, a produção na safra 2023/2024 foi de apenas 2,18 milhões de toneladas, 24% menor que a anterior.
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Dirceu Leite, presidente da Epagri, ressaltou a importância do Programa Monitora Milho, que combate pragas como a cigarrinha.
Já o secretário Valdir Colatto destacou programas de incentivo à produção de milho, como o Terra Boa, que visa apoiar os agricultores.
Enori Barbieri, presidente da Câmara Setorial do Milho, afirmou que o Brasil é grande exportador de milho, mas é necessário investir em infraestrutura, como ferrovias, para garantir a competitividade da produção pecuária no Sul.
O evento contou também com a participação de especialistas que discutiram a situação da safra de milho nos Estados Unidos e as perspectivas das cooperativas catarinenses.