Ícone do site PortalRBV

Liberação de agrotóxicos cai no Brasil em 2023

Liberação de agrotóxicos cai no Brasil em 2023

Fonte: Christiane Congro Comas/Embrapa

O número de liberações de agrotóxicos no Brasil caiu em 2023, depois de sete anos seguidos de alta, apontam dados da Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins (CGAA), do Ministério da Agricultura, atualizados na última terça-feira (9).

Em seu primeiro ano, o governo Lula aprovou 555 produtos, uma queda de 15% em relação a 2022, quando o Brasil liberou 652 agrotóxicos, um recorde da série histórica, iniciada há 24 anos.

Apesar da redução, a quantidade de aprovações em 2023 foi a 3ª maior da série.

Seguindo a tendência dos últimos anos, a maioria dos pesticidas aprovados são genéricos (520), ou seja, “cópias” de princípios ativos inéditos — que podem ser feitas quando caem as patentes — ou produtos finais baseados em ingredientes já existentes no mercado. Os outros 35 produtos são inéditos.

A partir deste ano, a aprovação dos agrotóxicos deve ficar mais rápida. Isso porque o presidente Lula sancionou, no final de 2023, a nova lei que acelera o tempo de análise para a liberação dos produtos.

Veja também

Produção de uva cai 50% em Caçador devido as chuvas

Milhos VPA da Epagri ganham espaço nas lavouras brasileiras 

Os números do Ministério da Agricultura mostram também que:

Produtos inéditos

Dos 35 pesticidas inéditos, 24 foram liberados para o uso dos agricultores, enquanto 11 são voltados para as fabricantes de agrotóxicos.

Entre os que podem ir direto para o campo, destaca-se o Resuris, à base de Fluindapir e Clorotalonil, que foi considerado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como altamente tóxico para a saúde humana.

O Resuris é um fungicida usado nas plantações de milho, soja e amendoim.

Já a classificação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou um agrotóxico “altamente perigoso” e mais 14 “muito perigosos” para o meio ambiente.

A liberação dos produtos é uma decisão dos três órgãos: Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura.