O Brasil não adotará o horário de verão em 2024, conforme anunciado nesta quarta-feira (16) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante uma coletiva de imprensa.
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A discussão sobre a mudança no horário padrão do país vinha ocorrendo nas últimas semanas.
A proposta visava reduzir o consumo de energia elétrica durante a estação mais quente do ano e mitigar os efeitos da grave crise hídrica que afeta algumas regiões, considerada a pior dos últimos 73 anos.
Silveira explicou que, após reuniões com especialistas e autoridades do setor energético, foi concluído que a adoção do horário de verão não era necessária neste ano.
Ele destacou que as medidas de planejamento implementadas pelo Ministério de Minas e Energia garantiram a segurança energética, reduzindo o impacto da medida na vida das pessoas.
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O ministro também mencionou que o tempo necessário para a adaptação seria um obstáculo adicional.
“Se implementássemos o horário de verão agora, teríamos um aproveitamento muito pequeno do seu custo-benefício, pois o pico ocorre em outubro, novembro e meados de dezembro. A adaptação exigiria planejamento, e conseguiríamos entrar com isso apenas em meados de novembro”, explicou.
Possibilidade de retorno em 2025
Embora tenha descartado a adoção em 2024, o ministro informou que as discussões sobre a possibilidade de implementar a medida em 2025 estão em andamento.
“Opiniões sobre o horário de verão são bastante divididas no Brasil. Embora não seja imprescindível, decidi propor a não adoção deste ano. É importante destacar que a política não está descartada para o futuro”, afirmou Silveira.
Apesar da estiagem severa em vários estados, o Sudeste e algumas outras regiões já registraram chuvas, indicando que o período crítico da crise hídrica pode estar passando.
Horário de verão
A mudança do horário foi extinto em 2019, no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, que argumentou que a medida não trazia benefícios.
Desde o início do mês, Silveira sinalizou a possibilidade de retorno do horário de verão, e, desde então, a pasta consultou empresas e realizou mais de 10 reuniões com especialistas e entidades do setor elétrico para avaliar a necessidade da medida.
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