“Ainda Estou Aqui” faturou o prêmio de Melhor Filme Internacional, levando o Brasil a ganhar a sua, primeira estatueta no Oscar. O evento, que aconteceu na noite deste domingo em Los Angeles, reuniu os principais nomes do cinema mundial. Já era próximo da meia-noite, quando a atriz Penélope Cruz subiu ao palco e anunciou que o longa seria o premiado.
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O Brasil já havia concorrido ao Oscar algumas outras vezes. A mais lembrada é a participação de Central do Brasil em 1999. O longa, estrelado por Fernanda Montenegro, também foi dirigido por Walter Salles. Na edição deste ano, o filme de Salles desbancou obras como Emília Perez e Flow. O longa, de origem letão, conquistou o prêmio de melhor animação, deixando o pequeno país do Mar Báltico eufórico.
Em seu discurso, Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva, mulher do deputado Rubens Paiva, morto durante a Ditadura Militar. “[…] Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande em um regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir… Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva”
“Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande em um regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir… Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”
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Em inúmeras cidades do País, as comemorações de Carnaval deram lugar ao clima de final de Copa de Mundo, quando o anúncio foi realizado. A Sapucaí, onde era realizada a primeira noite de desfiles do Rio de Janeiro, o público vibrou com a conquista. Nas redes sociais, o assunto foi um dos mais comentados. No “X”, o nome de Eunice Paiva é um dos assuntos mais comentados.
Na plataforma, o Presidente Lula publicou uma mensagem dizendo que parabeniza o filme pela conquista: ” Hoje é o dia de sentir ainda mais orgulho de ser brasileiro. Orgulho do nosso cinema, dos nossos artistas e, principalmente, orgulho da nossa democracia. Eu e Janja estamos muito felizes assistindo tudo ao vivo”
Hoje é o dia de sentir ainda mais orgulho de ser brasileiro. Orgulho do nosso cinema, dos nossos artistas e, principalmente, orgulho da nossa democracia. Eu e Janja estamos muito felizes assistindo tudo ao vivo.
— Lula (@LulaOficial) March 3, 2025
O Oscar de Melhor Filme Internacional para Ainda Estou Aqui é o… pic.twitter.com/Boi8KQzwxJ
Foi durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff – PT, que o País começou a abrir as gavetas e caixas da época da Ditadura Militar, através da Comissão da Verdade. Foram através destes trabalhos, que muitas situações envolvendo o período vieram a público. Também no “X”, Dilma publicou.
“O Oscar de Melhor Filme Internacional para Ainda Estou Aqui é um reconhecimento da força da cultura brasileira. Uma homenagem merecida ao nosso cinema, ao diretor Walter Salles, às atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, ao ator Selton Mello e a toda a equipe do filme. Nossa emoção é ainda maior porque a premiação celebra uma obra que presta tributo à civilização, à humanidade e aos brasileiros que sofreram com a extinção das liberdades democráticas, lutando contra a ditadura militar”
Durante o Oscar, o longa concorria em outras duas categorias, atriz e Melhor Filme. Na primeira, Fernanda Torres acabou não levando o prêmio. A Acadêmia premiou a novata Mikey Madison com o troféu. Ela estrelou o longa “Anora”, onde ela interpretou uma striper de uma boate no Brooklyn, que se apaixona pelo filho de um oligarca russo.
O filme de Salles também perdeu na categoria de Melhor Filme para Anora. O filme de Sean Baker levou ao todo 5 estatuetas, sendo: Melhor Filme, Atriz, Diretor, Montagem e Roteiro Original.
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