No dia 19 de fevereiro de 1969, Higino João Pio, o primeiro prefeito de Balneário Camboriú (SC), foi preso pela ditadura militar sem justificativa. Duas semanas depois, no aniversário de sua esposa, ele foi encontrado morto na cela da Marinha em Florianópolis.
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Por mais de 56 anos, a certidão de óbito de Higino apontava suicídio como causa de sua morte.
Agora, o documento será atualizado para revelar a verdade: ele foi morto pelo regime militar.
Higino João Pio é uma das 434 vítimas de assassinatos ou desaparecimentos forjados pelo governo militar, sendo a única vítima de Santa Catarina.
Essa mudança ocorre após uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determinou a correção das certidões de morte de vítimas da ditadura.
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Recentemente, o filme “Ainda Estou Aqui” trouxe à tona outros casos, como o assassinato do ex-deputado Rubens Paiva. No domingo, 2 de março, o filme foi premiado como Melhor Filme Internacional.
O processo de atualização da certidão de Higino ocorre no cartório do bairro Estreito, em Florianópolis, onde o político foi preso.
A família, que lutou por anos pela revisão do documento, comemora a vitória. Júlio César Pio, filho de Higino, relembra com emoção: “A gente sentiu muito. Até hoje, não esquecemos.”
Hoje, Júlio é dono de uma construtora em Balneário Camboriú, que leva o nome de seu pai, em homenagem à sua memória.
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