O real foi a moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar entre as 20 mais negociadas no mundo em 2024. Até o dia 17 de dezembro, o real havia acumulado uma desvalorização de 21,52%, muito próxima da queda de 22,44% registrada durante a pandemia. Após o pregão da última quarta-feira (18), a desvalorização chegou a 24,30%.
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Na quarta-feira (18), a moeda americana subiu 2,78%, atingindo R$ 6,267, renovando o maior valor nominal de fechamento da história.
Apesar de avanços no pacote fiscal no Congresso, o dólar continuou sua trajetória altista, impulsionado pela incerteza fiscal. Além disso, a decisão do Federal Open Market Committee de reduzir a taxa de juros em 25 pontos-base nos Estados Unidos, mas com sinalização de desaceleração no ritmo de corte, manteve o dólar em alta.
Entre as outras moedas, apenas o peso mexicano, a lira turca, o rublo russo e o won sul-coreano apresentaram valorização de dois dígitos, com altas de 16%, 16%, 15% e 10%, respectivamente.
O euro, por outro lado, caiu 5% frente ao dólar.
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No caso do real, apesar da queda recente, o patamar atual ainda está distante do pior momento de desvalorização. A maior perda ocorreu em 2022, com queda de 34,33%, devido a incertezas políticas na transição de governo.
No entanto, o melhor desempenho do real ocorreu em 2009, com uma valorização de 34,22%, impulsionada pela recuperação global pós-crise financeira de 2008 e o crescimento do Brasil.
O estudo da consultoria Elos Ayta também destaca que as valorizações do real ocorreram em momentos de recuperação econômica após crises internas ou externas, com destaque para 2016, quando a moeda subiu quase 20% após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
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