O médico oftalmologista Andrei Gabriel de Melo, de 34 anos, foi sepultado na manhã desta segunda-feira (23) em Fraiburgo, no Oeste de Santa Catarina. Ele foi uma das oito vítimas fatais da queda de um balão em Praia Grande, no Sul do estado, na manhã de sábado (21).
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O velório iniciou ainda no domingo (22), às 14h, no plenário da Câmara de Vereadores, e se estendeu pela noite e madrugada. Centenas de pessoas passaram pelo local para prestar as últimas homenagens, entre familiares, amigos, pacientes e colegas de cidades onde o médico também atuava. A celebração de despedida foi realizada no local e o sepultamento ocorreu às 9h desta segunda-feira, no Cemitério Municipal de Fraiburgo.
O clima era de tristeza e consternação no município. O prefeito Wilson Ribeiro divulgou uma nota nas redes sociais expressando solidariedade às famílias envolvidas:
“É com profunda tristeza e pesar que, como prefeito de Fraiburgo e líder desta comunidade, manifesto minha solidariedade a todas as famílias envolvidas no acidente lamentável ocorrido em Praia Grande. Nossos corações estão com as vítimas e seus entes queridos neste momento de dor. De modo muito especial, estendemos o nosso apoio e carinho às famílias de Fraiburgo, que foram diretamente atingidas. Saibam que não estão sozinhas.”
Diversas manifestações de pesar foram registradas nas redes sociais. A Prefeitura de Videira, onde Andrei atendia, destacou seu atendimento humanizado e sua competência profissional. A Unoesc, onde ele se formou, relembrou sua participação no Programa de Mobilidade Acadêmica na University of Miami Miller School of Medicine, nos EUA, exaltando seu compromisso com a excelência e com a expansão dos cuidados em saúde.
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O Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST) também homenageou o médico, lembrando sua dedicação nos mutirões de cirurgias eletivas. “Foi muito mais que um médico exemplar. Foi um ser humano íntegro, gentil e apaixonado pelo que fazia”, escreveu a instituição.
Tragédia também atinge Concórdia
Em Concórdia, o clima também foi de profundo pesar com a morte de Leane Elizabeth Herrmann e sua filha, a médica Leíse Herrmann Parizotto, vítimas do mesmo acidente. Os corpos chegaram no domingo (22), às 7h30, ao Cemitério Parque e foram velados com caixões fechados devido à gravidade da tragédia. O sepultamento, inicialmente previsto para as 17h, foi antecipado para as 15h30.
As duas não conseguiram saltar do balão e morreram carbonizadas. Uma terceira integrante da família, Luciane Herrmann Parizotto, irmã de Leíse e filha de Leane, sobreviveu. Ela é servidora do Tribunal de Justiça de Santa Catarina e está recebendo apoio da instituição e dos familiares.
As demais vítimas identificadas são: Leandro Luzzi, de Indaial; Juliane Jacinta Sawicki e seu marido Fábio Luiz Izycki, do Rio Grande do Sul; e o casal Everaldo Rocha e Janaina Rocha, de Joinville.
O acidente
O acidente com o balão operado pela empresa Sobrevoar aconteceu por volta das 8h de sábado (21), em Praia Grande. A aeronave pegou fogo durante o voo com 21 pessoas a bordo. O piloto, que sobreviveu, tentou realizar uma descida de emergência e orientou os passageiros a pularem. Treze pessoas conseguiram se salvar.
Segundo a Polícia Civil, o incêndio pode ter sido causado por um maçarico não original da estrutura do balão, conforme relatos colhidos na investigação. Com a saída de parte dos passageiros, o balão ficou mais leve, voltou a subir e continuou em chamas. Quatro pessoas morreram ao pular e outras quatro, carbonizadas dentro do cesto.
A empresa Sobrevoar informou que o piloto tinha mais de 10 anos de experiência e que as normas da Anac estavam sendo seguidas. As atividades da empresa foram suspensas por tempo indeterminado e um inquérito policial foi aberto para apurar as causas e eventuais responsabilidades.
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