A recente controvérsia entre o padre Fábio de Melo e Jair José Aguiar da Rosa, ex-gerente de uma cafeteria em Joinville (SC), ganhou novos desdobramentos e agora chega aos altos escalões da Igreja Católica. O caso, que começou com uma discussão nas redes sociais, evoluiu para uma denúncia oficial ao Vaticano.
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Segundo o colunista Ricardo Feltrin, um bispo de Santa Catarina encaminhou uma queixa formal à Congregação para a Doutrina da Fé, órgão responsável por apurar denúncias contra religiosos.
A alegação apresentada foi de que o padre Fábio “não teve atitude cristã com o rapaz”, conforme relataram fontes próximas ao jornalista.
Embora a denúncia não traga implicações diretas ou punições graves, o registro pode impactar a imagem do religioso dentro da Igreja. Conforme destacado no comunicado, o ocorrido deixa a reputação do padre “manchada”.
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A situação ganhou maior repercussão pública no final de maio, quando Jair José, demitido após o episódio, decidiu processar tanto o padre Fábio quanto a cafeteria Havanna, onde trabalhava como gerente. A ação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade e Alimentação (Sitratuh) por meio das redes sociais.
“A ação cível contra o influenciador religioso já foi distribuída e está em trâmite para ingresso da ação trabalhista contra a empresa, que, na tentativa de se blindar da repercussão do vídeo, acabou jogando toda a culpabilidade para cima do empregado”, declarou o advogado Eduardo Tocilo.
O ex-gerente
Quase um mês após a demissão, o ex-gerente afirma que enfrenta depressão. Em entrevista recente, revelou ter precisado interromper os estudos, faltando apenas três meses para concluir a faculdade. Ele disse estar emocionalmente abalado e sem condições psicológicas para seguir com a rotina acadêmica.
O caso, que começou como um episódio de exposição digital, agora repercute no meio jurídico e religioso, dividindo opiniões entre seguidores do padre e defensores do ex-funcionário.
Nota do Padre Fábio de Melo
Em nota, padre Fábio afirmou que jamais teve intenção de causar dano e lamentou o “barulho dos julgamentos precipitados” nas redes sociais.
Ele finalizou com um apelo ao diálogo e à compreensão: “Estendo a mão não para julgar, mas para acolher… o amor é sempre a se oferecer e perdoar”.