Um agricultor foi picado por uma cobra jararaca quando trabalhava na colheita de hortaliças na segunda-feira, 4 de novembro, em Caçador, Meio-Oeste catarinense. O incidente ocorreu no fim da tarde, enquanto Jacemir Buffon, morador do assentamento Hermínio Gonçalves dos Santos, colhia hortaliças em sua propriedade para a Feira dos Produtos Orgânicos.
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Durante a colheita de cenouras, Buffon foi surpreendido pela cobra que estava escondida entre as folhas, mordendo sua mão ao puxar o maço. O agricultor relata que rapidamente puxou o braço e a cobra saiu grudada em sua mão. Segundo Buffon, a picada provocou dor intensa e contínua.
Após o ataque, ele matou a cobra e foi imediatamente para o hospital, onde recebeu o soro antiofídico e ficou em observação por cerca de 30 horas. Embora ainda sinta dor e inchaço na mão, o agricultor passa bem e destacou a importância do socorro rápido em casos como o dele.
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Com a chegada do calor e a umidade do verão, aumentam as chances de encontros com animais peçonhentos, como cobras, especialmente para quem trabalha no meio rural. O agricultor faz um alerta para outros trabalhadores rurais sobre os cuidados redobrados necessários nesta época do ano.
Jacemir faz um apelo para que outros trabalhadores rurais redobrem os cuidados e, em caso de acidentes com animais peçonhentos, procurem atendimento médico rapidamente, preferencialmente levando o animal que causou a picada. Segundo ele, o calor e a umidade desta época do ano aumentam a presença de cobras e outros animais perigosos, como escorpiões e aranhas, que ficam mais expostos e defensivos.
O agricultor também ressalta que uma segunda pessoa deu entrada no hospital na terça-feira (5), também vítima de uma picada de jararaca, reforçando a necessidade de cautela. Ele alerta para os riscos graves, incluindo o perigo de morte, causados pelo veneno de animais peçonhentos.
Jararacas respondem por 69,3% dos acidentes registrados no Brasil
As jararacas são responsáveis por 69,3% dos acidentes com cobras no Brasil, conforme dados do Instituto Butantã. Esses acidentes são frequentes devido à ampla distribuição das jararacas (Bothrops jararaca e outras espécies do gênero Bothrops) em grande parte do país, especialmente na Mata Atlântica, abrangendo áreas desde a Bahia até o Rio Grande do Sul.
Com hábitos noturnos, essas cobras se camuflam facilmente devido ao policromatismo, que confere tons variados como marrom, verde, amarelo e cinza, muitas vezes com manchas em formato de ferradura na lateral do corpo.
Essas serpentes possuem um veneno potente, cuja composição varia conforme a fase de vida: jovens apresentam uma ação anti-coagulante mais acentuada, enquanto nas jararacas adultas o veneno causa inflamação e dor local intensas. As picadas em humanos geralmente resultam em dor e inchaço no local, podendo causar sangramentos em mucosas e, em casos graves, infecção e necrose na região da picada, além de insuficiência renal aguda, uma complicação perigosa que requer tratamento imediato.
Devido à alta ocorrência de acidentes, especialistas recomendam atenção especial em regiões onde elas habitam, principalmente no verão, quando a atividade desses animais aumenta.
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