A defesa de Claudia Fernanda Tavares, condenada por matar o marido Valdemir Hoeckler e esconder o corpo em um freezer, anunciou que pretende recorrer da decisão judicial. A sentença foi definida após júri popular realizado na última sexta-feira (29), em Capinzal, no Oeste de Santa Catarina. Claudia foi condenada a 20 anos e 24 dias de prisão em regime inicial fechado.
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Segundo o advogado Matheus Molin, que atua no caso desde o início, o principal objetivo é garantir um novo julgamento.
No entanto, caso isso não seja aceito pelas instâncias superiores, a defesa buscará a redução da pena, considerada elevada.
“Nós acreditamos que foi por asfixia, porque a própria acusada confessou”, declarou o advogado.
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O crime ocorreu em novembro de 2022, na linha São Braz, zona rural de Lacerdópolis. A juíza responsável pela leitura da sentença foi Jessica Evelyn Campos Figueiredo Neves.
Claudia foi considerada culpada por homicídio duplamente qualificado – por asfixia e pelo uso de recurso que impediu a defesa da vítima. Ela também foi condenada por ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
Apesar da confissão da ré, o laudo pericial da Polícia Científica foi inconclusivo quanto à causa exata da morte. A defesa argumenta que houve interpretação seletiva da confissão.
“Confissão essa que foi dada credibilidade seletiva pelo Ministério Público (…). Foi assim que o Ministério Público tratou, de forma equivocada, a confissão da acusada”, afirmou Molin.
Claudia não acompanhou presencialmente nem a leitura da sentença nem os argumentos finais da acusação. Do outro lado, familiares de Valdemir se emocionaram com o veredito. Em meio a abraços e lágrimas, celebraram o desfecho do caso como um ato de justiça.
A sessão do júri terminou com aplausos intensos da plateia, que acompanhou todo o julgamento.
O júri foi composto por sete pessoas, sendo quatro mulheres e três homens. Enquanto muitos pediam justiça por Valdemir, outros demonstravam apoio à ré, com cartazes e camisetas que pediam liberdade para Claudia.