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Cirurgião plástico é condenado após causar deformidades graves em paciente

Cirurgião plástico é condenado após causar deformidades graves em paciente

Foto: Reprodução

O médico, cirurgião plástico, Marcelo Evandro dos Santos foi condenado a cinco anos de prisão, em regime inicialmente semiaberto, por lesão corporal de natureza grave com deformidade permanente. A sentença refere-se ao caso da neuropsicopedagoga Letícia Mello, que realizou uma cirurgia plástica com o profissional em Florianópolis, mediante pagamento de R$ 83 mil.

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Segundo Letícia, o médico chama o procedimento de cirurgia de “x-tudo”. Em fevereiro de 2024, ele teria realizado 12 intervenções em uma única cirurgia de dez horas, retirando 7 quilos de gordura da paciente.

Após o procedimento, a vítima perdeu ambos os seios, ficou 20 dias com feridas abertas e teve cicatrizes em diferentes partes do corpo.

A sentença judicial destaca que o médico extrapolou os limites éticos da prática médica e explorou a vulnerabilidade emocional da paciente.

Os advogados de Letícia, Ivan Luiz Fontes Sobrinho e Vanessa Fioreze Fontes, enfatizaram que o profissional negligenciou cuidados mínimos esperados e ainda tentou contato indevido com a paciente após o ocorrido.

O caso será comunicado ao Conselho Federal de Medicina e aos Conselhos Regionais de Medicina, para providências administrativas.

“X-tudo”

Conforme a ação penal, a cirurgia durou cerca de 12 horas e a paciente precisou ficar 11 dias na UTI e mais de dois meses internada.

Durante a recuperação, surgiram secreções e bolhas de queimadura em pernas, braços, barriga e seios, evoluindo para necroses em várias áreas do corpo.

Após receber alta, em abril de 2024, Letícia denunciou o caso à Polícia Civil, e outras denúncias surgiram em sequência. O inquérito foi finalizado em outubro do ano passado, e o médico tornou-se réu no mês seguinte.

De acordo com a denúncia, Marcelo agiu com dolo eventual, assumindo o risco de causar o resultado.

Ele provocou lesões corporais graves, risco de vida, necessidade de transfusões e internação em UTI, além de debilidade permanente das mamas, redução da mobilidade do tronco e deformidade estética permanente.

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