Após nove horas de julgamento, o Tribunal do Júri condenou Márcio de Oliveira Bigois, de 47 anos, pelo assassinato da esteticista Michele de Abreu Oliveira, morta em Palhoça em 2024. A pena foi fixada em 35 anos, 2 meses e 6 dias de prisão, em regime fechado.
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O réu foi considerado culpado por homicídio quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. A defesa já anunciou que irá recorrer da decisão.
Em abril de 2024, Michele denunciou o ex-companheiro por violência doméstica e recebeu medida protetiva de urgência. No entanto, no dia 16 daquele mês, pediu a revogação da proteção. Poucas semanas depois, em 12 de maio, foi dada como desaparecida.
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Segundo relatos do filho mais velho da vítima, Michele tentava encerrar o relacionamento, mas sofria ameaças constantes. O casal teve um filho, hoje com 17 anos, que, segundo a denúncia, teria sido coagido a ajudar no crime.
Descoberta do corpo
Nove dias após o desaparecimento, a Polícia Civil obteve autorização para realizar buscas na casa onde Michele vivia com o ex-companheiro. Na cozinha, os investigadores encontraram o corpo enterrado sob o piso recém-reformado.
Os laudos apontaram extrema violência: ferimentos nas mãos, face e tórax, além de traumatismo craniencefálico causado por afundamento do crânio.

Confissão parcial e recurso
Durante o julgamento, Márcio confessou o feminicídio e a ocultação do corpo, mas negou ter corrompido o filho menor de idade. Para o Ministério Público, o crime foi motivado pelo inconformismo com o fim da relação.
A defesa, representada pelos advogados Matheus Menna e Osvaldo Duncke, afirmou que recorrerá da sentença.