Um homem natural de Benim, que residia em Santa Catarina, foi preso na manhã desta quinta-feira (4) durante a Operação “The Rock”, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal. Segundo a 8ª Delegacia de Polícia, o suspeito atuava como operador financeiro no Brasil para uma rede internacional especializada em estelionato eletrônico.
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As investigações começaram em setembro de 2025 e revelaram que o grupo criminoso operava de forma estruturada e transnacional. A análise de dados telemáticos apontou que os acessos às contas utilizadas nos golpes eram feitos a partir de um país africano, identificado por meio dos endereços de IP. No Brasil, o investigado era responsável por atividades logísticas e financeiras, como recebimentos, movimentações via PIX e suporte operacional ao núcleo estrangeiro.
O esquema usava engenharia social sofisticada, criando perfis falsos que se passavam pelo ator norte-americano Dwayne Johnson, o “The Rock”. As vítimas eram convencidas de que conversavam com o artista e, após o estabelecimento de um vínculo emocional, recebiam a falsa informação de que teriam ganhado um prêmio internacional de 800 mil euros.
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Para dar credibilidade ao golpe, os criminosos enviavam documentos falsificados, fotos de pacotes lacrados, mensagens em inglês e supostos comprovantes de entregas internacionais. Em seguida, exigiam pagamentos de taxas, seguros e liberações aduaneiras, sempre via PIX para contas controladas pelo operador financeiro preso.
Entre as vítimas identificadas está uma moradora de Brasília, que perdeu R$ 11,6 mil, e outra de Minas Gerais, com prejuízo aproximado de R$ 80 mil. A Polícia Civil acredita que mais pessoas tenham sido enganadas, e a identificação delas dependerá da análise dos dispositivos apreendidos.
A operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão — em Florianópolis e Itajaí — além do bloqueio judicial de valores. A ação contou com apoio da Polícia Civil de Santa Catarina. Telefones e equipamentos eletrônicos foram apreendidos e passarão por perícia para aprofundar as investigações e identificar outros envolvidos.
O suspeito responderá por estelionato eletrônico, crime previsto no artigo 171, §2º-A do Código Penal, que prevê pena de quatro a oito anos de reclusão, além de multa. Segundo a PCDF, a operação reforça o combate a organizações criminosas internacionais que aplicam golpes digitais contra brasileiros.






