A Polícia Científica de Santa Catarina confirmou a presença de clonazepam no refrigerante adulterado consumido por servidores da unidade básica de saúde de Santa Cecília, no Meio-Oeste do estado. O caso aconteceu em 21 de outubro, durante uma confraternização entre funcionários da saúde, e provocou grande preocupação na cidade.
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No total, 11 servidores — incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, recepcionistas e profissionais de apoio — apresentaram sinais de intoxicação depois de beber o refrigerante contaminado.
Cerca de uma hora e meia após o consumo, começaram a surgir sintomas como sonolência intensa, tontura, náuseas, vômitos e perda de memória.
O que é o clonazepam?
O clonazepam é um medicamento controlado, usado no tratamento de
- ansiedade,
- epilepsia e
- distúrbios do humor.
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Seu uso sem prescrição médica pode causar
- confusão mental,
- sonolência profunda e
- lapsos de memória,
Sintomas semelhantes aos descritos pelas vítimas do caso.
De acordo com o secretário de Saúde, Eliézer Rodrigues Gomes, a equipe agiu rapidamente.
“Alguns servidores não lembravam nem que haviam sido internados. Isolamos a cozinha e recolhemos o material para análise”, relatou.
Servidores descrevem desespero após consumo do refrigerante
Uma das vítimas contou como o momento foi assustador. “Bebi por volta das 16h e, por volta das 20h30, comecei a sentir a língua arrastando, a cabeça pesada e uma náusea terrível. Depois veio um tremor incontrolável. Estava um caos, todo mundo ruim”, relatou ao ND Mais.
Os exames realizados pelo Ciatox (Centro de Informações e Assistência Toxicológica) descartaram a presença de drogas como opioides, cocaína e metanfetamina. Após o ocorrido, a Vigilância Sanitária interditou a cozinha utilizada pelos servidores, que ficava separada da área de atendimento ao público.

Polícia Civil prende duas pessoas por suspeita de envolvimento
A Polícia Civil confirmou que duas pessoas permanecem presas sob suspeita de envolvimento.
A principal investigada é tia de um servidor afastado, acusado de importunação sexual contra funcionárias do posto.
Durante o interrogatório, a mulher optou por ficar em silêncio, enquanto o homem negou participação.
Os investigadores afirmaram que todas as vítimas beberam o conteúdo de uma garrafa de dois litros deixada pela suspeita na cozinha da unidade.
O gerente administrativo do hospital, Natalício Rodrigues, disse que o episódio chocou a cidade.
“Em 60 anos de hospital, nunca tivemos uma situação assim. Foi necessária uma mobilização total dos profissionais, inclusive porque a médica de plantão também passou mal. A cidade inteira ficou abalada”, declarou.
As investigações continuam para confirmar as responsabilidades e reforçar a segurança dos servidores de Santa Cecília.







