A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu neste fim de semana o inquérito que investiga a trágica morte de uma criança de três anos em Videira, no Oeste do estado. O menino foi esquecido dentro de um carro trancado pela madrasta por cerca de 10 horas, fato que resultou em seu falecimento por provável hipertermia. O caso ocorreu na sexta-feira, 25 de abril, e mobilizou a cidade.
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A investigação foi conduzida pelo delegado Édipo Flamia Hellt, que confirmou no domingo (04) o encerramento das apurações, após a análise do laudo pericial e a oitiva de testemunhas, incluindo a psiquiatra da madrasta.
Segundo a polícia, a madrasta — companheira da mãe da criança há aproximadamente quatro anos — saiu de casa pela manhã com o menino e sua parceira. Ela deixou a mulher no trabalho e, em seguida, deveria levar a criança à creche. No entanto, ao retornar para casa, esqueceu o menino no banco traseiro do veículo e foi trabalhar de motocicleta, deixando o carro trancado.
A criança permaneceu presa no automóvel das 7h até as 17h, aproximadamente. Ao retornar do trabalho, a mulher se deparou com a cena e acionou o Corpo de Bombeiros, mas o menino já estava sem sinais vitais.
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O delegado classificou o caso como homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar. A investigada foi indiciada, mas irá responder ao processo em liberdade.
Durante o inquérito, além da madrasta, prestaram depoimento a mãe do menino e a psiquiatra da suspeita.
A médica confirmou que sua paciente realiza tratamento para transtorno de déficit de atenção (TDAH), faz uso de medicação contínua e passa por psicoterapia. Esses fatores foram levados em consideração na avaliação das circunstâncias do crime.
Apesar de o laudo pericial já ter sido finalizado e anexado ao processo, o conteúdo específico do documento ainda não foi divulgado.
Imagens de câmeras de segurança próximas à residência e ao trajeto percorrido pela madrasta chegaram a ser analisadas, mas os detalhes também seguem sob sigilo até o pronunciamento oficial que será feito nesta segunda-feira (05), conforme prometido pelo delegado Hellt.
A relação familiar era, segundo o delegado, estável e sem registros anteriores de violência. A madrasta declarou que a convivência com a criança era pacífica e afetuosa, o que torna a tragédia ainda mais impactante para a comunidade.
A polícia continuará acompanhando o caso judicialmente, enquanto a sociedade local se comove diante da dor irreparável da família.
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