O sigilo do relatório da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado foi derrubado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, na terça-feira (26). O documento agora está com a Procuradoria-Geral da República, que decidirá se denuncia Jair Bolsonaro e outros 36 indiciados.
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Segundo a investigação, os atos para manter Bolsonaro no poder começaram em 2019.
O general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, teve papel central. Ele planejou medidas para subverter o regime democrático, incluindo uma minuta golpista preparada com o apoio de um núcleo jurídico.
A PF apontou que Bolsonaro planejou, coordenou e teve controle sobre as ações. Ele teria deixado o Brasil em dezembro de 2022 para evitar prisão e acompanhar os desdobramentos do golpe, que incluía ataques aos Três Poderes em janeiro de 2023.
Reuniões para discutir uma intervenção militar aconteceram no comitê de campanha de 2022. Braga Netto, ex-ministro e vice na chapa de Bolsonaro, teria liderado as articulações.
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Narrativas de fraude eleitoral também foram disseminadas por Bolsonaro e aliados, como Valdemar Costa Neto, apesar de mensagens obtidas pela PF negarem irregularidades.
A investigação revelou que militares tentaram pressionar as Forças Armadas para apoiar o golpe. Mesmo assim, o general Freire Gomes foi crucial para barrar o plano.
Documentos mostraram que ações clandestinas, como apreensão de urnas, foram planejadas para legitimar o golpe.
Além disso, os planos incluíam assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes.
A PF indicou que Bolsonaro sabia dos ataques e ordenou ações para “neutralizar” o STF.
Mesmo após o fracasso, Moraes continuou sendo monitorado.
O relatório traz detalhes alarmantes e reforça a gravidade dos atos contra a democracia. Agora, a PGR decidirá os próximos passos do caso.
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