Segurança

Réu é condenado por homicídio praticado em 2013 em Fraiburgo

Foram 4.174 dias entre o homicídio e o julgamento, mas no fim o réu foi condenado por homicídio praticado em 2013 em Fraiburgo. Durante esse período, vários Promotores de Justiça criminais passaram por Fraiburgo e todos eles contribuíram de alguma forma para que o caso não caísse no esquecimento. Coube a André Ghiggi Caetano da Silva, que chegou à comarca há pouco mais de um mês, a missão de apresentar as provas e convencer os jurados de que o réu era culpado e merecia a condenação.

PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS

O crime aconteceu em 10 de janeiro de 2013, no loteamento Manica, em Fraiburgo. Naquela noite, um homem recebeu amigos para beber e foi brutalmente assassinado dentro da própria casa. Segundo testemunhas, ele parou de servir bebidas em determinado momento, o que irritou um dos visitantes.

O corpo só foi encontrado três dias depois, em um dos cômodos, já em avançado estado de decomposição e com várias lesões provocadas por pauladas e facadas. A essa altura, o suspeito já tinha fugido, o que dificultou as investigações e o andamento do processo judicial.

O Ministério Público de Santa Catarina acompanhou o caso de perto e ofereceu a denúncia assim que os órgãos competentes reuniram provas contra o réu.

O julgamento aconteceu na última sexta-feira, 14 de junho. O Promotor de Justiça André Ghiggi Caetano da Silva debruçou-se sobre o processo e reuniu elementos suficientes para pedir a condenação do réu. Ele apresentou as provas durante uma hora e meia e usou a réplica para desmantelar a tentativa da defesa de desclassificar a conduta para lesões corporais.

Veja também

MPSC lança campanha contra o assédio eleitoral

MPSC promove ações de prevenção a desastres naturais

Uma dentadura encontrada no local do crime acalorou os debates. As advogadas argumentaram que ela pertencia ao réu, na tentativa de convencer os jurados de que o cliente apanhou da vítima e agiu em legítima defesa. Porém, a tese foi desconstruída pelo MPSC.

“Essa exposição me surpreendeu, pois não foi usada em nenhum momento da instrução processual. Então, fiz uma análise mais detalhada de uma foto do rosto desfigurado da vítima e mostrei aos jurados que a prótese dentária não estava na gengiva, pois caiu durante as agressões”, diz o Promotor de Justiça André Ghiggi Caetano da Silva.

Por fim, o réu foi condenado a nove anos e quatro meses de reclusão em regime inicial fechado pelo ato praticado naquela tarde de verão.

Fraiburgo esperou 11 anos pelo desfecho desse caso, e o Ministério Público sempre acreditou que a justiça seria feita. Além de condenar do réu, resgatamos a memória da vítima e mostramos à sociedade que não toleramos o crime”, conclui o Promotor de Justiça.

Silvia Helena Zatta

Recent Posts

Previsão do Tempo: Santa Catarina segue com maior nebulosidade

A previsão do tempo para Santa Catarina nesta quarta-feira (21) indica que a frente fria…

2 horas ago

Carro capota e cai em ribanceira de 40 metros em Água Doce

Na manhã desta terça-feira, 20 de maio de 2025, um motorista de 59 anos sofreu…

3 horas ago

AMPE propõe criação de Centro de Inovação em Caçador

A Associação das Micro e Empresas de Pequeno Porte (AMPE) de Caçador e região apresentou…

4 horas ago

Anvisa proíbe duas marcas de azeites após detectar irregularidades nos rótulos

Na terça-feira, 20 de maio, o governo determinou a proibição da comercialização, distribuição, fabricação, importação…

4 horas ago

Trabalhador de granja é isolado após sintomas de gripe aviária

A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES) comunicou que um trabalhador…

4 horas ago

This website uses cookies.