A escassez de ovos no mercado interno e o aumento da demanda fizeram os preços dispararem. Na quarta-feira (12), as cotações atingiram o maior valor histórico do Cepea, da Esalq/USP. O preço da caixa com 30 dúzias de ovos brancos chegou a R$ 233,69 em Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo. Já os ovos vermelhos foram negociados por R$ 263,42.
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A alta, que começou em janeiro, se intensificou em fevereiro. Em Bastos (SP), conhecida como a “Capital do Ovo”, os preços subiram mais de 20% em relação ao ano passado. A caixa de ovos brancos, que custava R$ 168,58 em 2024, agora vale R$ 208,97.
Segundo a pesquisadora Cláudia Scarpelin, a produção de ovos aumentou 10,5% no ano passado, mas a oferta foi controlada no início de 2024 devido à baixa demanda nas férias escolares.
Com o retorno das aulas, a procura aumentou, gerando o pico de preços.
Consumo
Segundo a ABPA a projeção do consumo interno de ovos em 2025, aponta que cada brasileiro consumirá 265 unidades de ovos, aumento de 1% frente a 2024.
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Em 2024, o consumo per capita atingiu 263 unidades, 21 unidades a mais que em 2023.
Aumento do preço e previsões
A previsão é que os preços permaneçam elevados até a Quaresma, com uma possível queda após esse período.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) relatou que os preços já aumentaram até 40% em várias regiões do país, o que preocupa os supermercados. Além disso, a alta de preços de outras proteínas fez os consumidores buscarem mais ovos.
Outros fatores, como enchentes no Sul e o calor intenso, também afetaram a produção. Além disso, a escassez de ovos nos Estados Unidos levou a um aumento na demanda pelas exportações brasileiras, que subiram 22,1% em janeiro.
Apesar da crise, as autoridades garantem que não faltarão ovos no mercado nacional.
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