O CEJA Videira promoverá neste sábado (29), a partir das 9h, na Praça Central, o evento “Áfricas Vivas – Consciência Negra em Cena”, que levará ao público uma manhã dedicada à cultura africana, à inclusão social e à celebração da diversidade. A ação busca aproximar os videirenses das histórias e vivências dos imigrantes africanos que já fazem parte da comunidade local.
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A gestora do CEJA,Marciana Matielo Tessari explica que o evento nasceu a partir de um projeto interno da escola. Além disso, ela destaca que o objetivo agora é ampliar o alcance da atividade.
“Tivemos o feriado do dia 20 referente à Consciência Negra e desenvolvemos o projeto dentro da escola. Agora queremos levá-lo à praça — à população de Videira e região.”
A programação reunirá oficinas de música, dança, tranças africanas, grafite, pulseiras e outras expressões artísticas, fortalecendo o caráter educativo e cultural da iniciativa. Além disso, uma empresa parceira fará divulgação de vagas de emprego e pré-seleção durante a manhã.
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A equipe do projeto Visão Solidária também estará presente, oferecendo testes gratuitos de visão para os participantes.
A professora Joece de Oliveira Kronbauer Galafassi, responsável pelo curso de português para imigrantes no CEJA Videira, reforça a importância da formação no processo de adaptação dos alunos. Ela explica que muitos chegam ao Brasil com profissões consolidadas, mas precisam reconstruir suas vidas aqui.
“No curso trabalhamos não só a gramática, mas também a cultura e a sociedade brasileira — comportamento, leis, costumes. Eles precisam entender para poder se adaptar, trabalhar e viver bem.”
Estudantes estrangeiros
Atualmente, o CEJA atende quase 100 estudantes vindos do Congo, Tunísia, Guiné-Conacri e Haiti. Conforme Joece, a valorização cultural contribui para o fortalecimento do respeito e da convivência harmônica.
Entre os destaques da programação está a participação do músico congolês H 14 Le Bizard, que apresentará suas composições de rap em francês e português, sempre exaltando ancestralidade e resistência.
“A força foi dada para os africanos no dia e na noite… A tradição é vida.”
O evento, aberto ao público, reforça a importância da integração cultural em uma cidade historicamente marcada por diferentes ondas migratórias.

