A escassez de vacinas contra a varicela e a tetraviral tem gerado grandes desafios para a cobertura vacinal em Santa Catarina. De acordo com dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM), 199 dos 230 municípios catarinenses relataram a falta de algum imunizante, o maior índice do país.
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Segundo informações, a escassez tem sido um reflexo direto da redução no envio de doses do Ministério da Saúde, o que tem impactado a vacinação contra a catapora e outras doenças.
Falta de vacinas afeta todo o Estado
Desde julho de 2023, o estado de Santa Catarina não recebe do Ministério da Saúde uma remessa completa de vacinas contra a varicela, o que fez com que os municípios adotassem a vacina tetraviral como substituta.
Contudo, essa substituição gerou um novo problema: a falta de estoque da tetraviral, afetando ainda mais os postos de saúde.
Consequentemente, as duas vacinas mais faltantes nos postos catarinenses são a varicela e a tetraviral.
Isso tem provocado uma queda na cobertura vacinal, especialmente a da varicela, que atualmente está em 72,5% no estado, um número abaixo do recomendado para a proteção da população.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde, em resposta ao desabastecimento, informou que entre 2023 e 2024 enviou 20 milhões de doses para Santa Catarina, atendendo 100% das necessidades dos estados.
No entanto, a escassez mundial de matéria-prima para a vacina da varicela tem dificultado a reposição.
O Ministério garantiu que eventuais problemas serão resolvidos com novos fornecedores, mas o impacto na vacinação é visível.
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De acordo com Fábio Gaudenzi, superintendente em Vigilância em Saúde de Santa Catarina, a falta de vacinas ocorre devido a dificuldades na aquisição de insumos, mas a situação está sendo gradualmente resolvida.
Ele ressaltou que, apesar do desabastecimento, a vacinação está sendo retomada e os postos de saúde devem normalizar o fornecimento em breve.
Santa Catarina enfrenta a maior falta de vacinas do Brasil
Uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios revelou que 87% dos municípios catarinenses relataram falta de algum imunizante.
Esse índice coloca Santa Catarina no topo do ranking nacional de desabastecimento de vacinas.
A mesma pesquisa, realizada em setembro, já havia apontado que o estado era o mais afetado pela escassez de vacinas.
Necessidade de manter o calendário de vacinação
Apesar da falta de vacinas, as autoridades de saúde orientam a população a não adiar a imunização.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina reforça que os cidadãos devem procurar as unidades de saúde para manter o calendário vacinal em dia.
“Mesmo que haja uma negativa temporária devido ao desabastecimento, é fundamental que a população continue buscando a vacinação”, enfatizou Gaudenzi.
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