Em entrevista exclusiva ao colunista Paulo Capelli, do portal Metrópoles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou o plano de lançar seu filho, Carlos Bolsonaro (PL), como candidato ao Senado por Santa Catarina. A possível candidatura vem sendo tratada como estratégica dentro do partido e foi definida após conversas com o governador catarinense, Jorginho Mello (PL), e o próprio Carlos, atualmente vereador no Rio de Janeiro.
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Segundo Jair Bolsonaro, o entendimento com Jorginho Mello foi de que cada um indicaria um nome para a disputa majoritária no estado.
“Um nome seria indicado por Jorginho e o outro por mim”, declarou.
O governador defendeu a candidatura da deputada federal Carol De Toni (PL), enquanto Bolsonaro sugeriu o nome do filho, Carlos.
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Entre os motivos que pesaram na escolha, Bolsonaro afirmou que não queria que Carlos saísse candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro.
Isso, segundo ele, evitaria prejudicar outros aliados do partido, como Alexandre Ramagem e Hélio Negão, que poderiam perder votos com a disputa interna.
A estratégia também envolve o fortalecimento de sua base no Senado, com o outro filho, Flávio Bolsonaro, mantido como nome no Rio.
Jair Bolsonaro reconheceu a rejeição
Apesar do plano, a possível candidatura de Carlos Bolsonaro por Santa Catarina não tem gerado unanimidade. Diversos políticos de direita, inclusive apoiadores do ex-presidente, manifestaram resistência.
Apenas deputados estaduais do PL e o governador Jorginho Mello demonstraram apoio, ainda que este último também tenha sido alvo de críticas internas.
“Já vi que tem gente dando pancada no Carlos, chamando de ‘turista’, de ‘E.T.”, comentou durante a entrevista, demonstrando ciência da repercussão negativa entre correligionários e lideranças locais.
Mesmo diante das críticas, Bolsonaro manteve a decisão e reforçou seu foco em ampliar a representatividade no Congresso Nacional.
A ideia é fortalecer sua influência política e preparar o terreno para embates futuros, inclusive com o Supremo Tribunal Federal (STF).