Santa Catarina registrou um aumento significativo de 35,3% nos casos de exploração sexual de crianças e adolescentes, subindo de 41 ocorrências em 2023 para 56 em 2024, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Essa foi a sexta maior alta entre os estados, enquanto a média nacional caiu 7,9% no mesmo período.
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O maior salto ocorreu entre jovens de 14 a 17 anos, quase dobrando de 20 para 40 registros. A taxa nessa faixa subiu para 10,1 por 100 mil habitantes, a nona mais alta do país.
Na faixa de 5 a 9 anos, o crescimento foi expressivo: de apenas 1 caso em 2023 para 4 em 2024 — um aumento de 293,5%, o mais elevado no Brasil.
Apesar disso, SC não está entre os estados com as taxas mais altas — registrou 3 casos por 100 mil habitantes, empatando com Mato Grosso em 10º lugar.
O ranking é liderado por Amapá (10,5), seguido por Roraima (9,5) e Piauí (5,6).
A exploração sexual infantil é crime previsto no artigo 218‑B do Código Penal e no artigo 244‑A do ECA. Essa forma de violência inclui induzir menores à prostituição ou outras práticas sexuais, além de expô-los a material sexualizado.
“Adultização”
Esse tema ganhou repercussão nacional após o vídeo “Adultização” do influenciador Felca, que denuncia a sexualização precoce de menores nas redes sociais.
Ele menciona o nome do influenciador Hytalo Santos, alvo da investigação do Ministério Público da Paraíba, por publicar vídeos de adolescentes em festas com teor sensualmente adulto.
Pontos de risco para exploração infantil
A PRF também alerta que Santa Catarina é o terceiro estado com mais pontos de risco para exploração infantil nas rodovias federais, com 1.333 locais mapeados, alguns de alto perigo, como na BR-101, BR-282, BR-280 e BR-470, identificados pela operação Projeto Mapear.