O pastor evangélico Davi Nicoletti, que fundou uma igreja em Capinzal no ano de 2011, foi investigado por suspeita de lavagem de dinheiro, mas teve o caso arquivado pela Justiça por falta de provas. O inquérito foi conduzido pela Polícia Civil de São Paulo.
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Segundo o relatório, o nome do religioso apareceu em investigações sobre os sócios da MDX Capital Miner Digital, empresa que atuava no setor de criptomoedas. Entre os anos de 2018 e 2019, o COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) detectou movimentações financeiras consideradas suspeitas, incluindo uma suposta transferência de R$ 4 milhões para uma sede da igreja em Palhoça (SC), sem justificativa econômica clara.
A investigação levantava a hipótese de uso da instituição religiosa para ocultar valores ilícitos. No entanto, não houve comprovação de crime antecedente, requisito fundamental para configuração do crime de lavagem de dinheiro.
Em nota de esclarecimento, a defesa do pastor afirmou que a Promotoria se manifestou pelo arquivamento, reconhecendo que não havia indícios suficientes para abrir ação penal.
“A lavagem de dinheiro exige a comprovação de um crime anterior, o que não ocorreu. Por isso, a autoridade judiciária determinou o arquivamento do processo”, diz o texto da defesa.
Ainda segundo a nota, o pastor não possui vínculo comercial ou societário com os sócios da MDX Capital. A igreja Recomeçar declarou que um dos investigados apenas frequentava os cultos como fiel.
Sobre os valores citados, a defesa argumentou que as doações em 2019 não ultrapassaram R$ 1,5 milhão, somando todas as unidades da igreja e seus fiéis. A suposta quantia de R$ 4 milhões teria sido um erro de interpretação, e as ofertas foram voluntárias e legítimas.
Com base nos esclarecimentos e ausência de elementos ilícitos, a Justiça determinou o arquivamento definitivo do inquérito, encerrando o caso e afastando qualquer acusação criminal contra o pastor ou a instituição religiosa.
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