O Oscar 2025 acontece neste domingo (2), a partir das 21h (horário de Brasília), em Los Angeles, com apresentação de Conan O’Brien. O Brasil pode conquistar sua primeira estatueta com o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, indicado em três categorias: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, para Fernanda Torres. A cerimônia será transmitida pela TV Globo.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
O longa, inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, narra a trajetória da advogada Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, vítima da ditadura militar brasileira (1964-1985). A produção tem sido apontada por estudiosos como uma obra vitoriosa antes mesmo da premiação, por abordar com sensibilidade a memória nacional e a luta pelos direitos humanos.
De acordo com o professor Arthur Autran, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o filme já se tornou um marco social. “Muitas pessoas se interessaram pelo cinema brasileiro por causa dele, o que por si só já é uma vitória”, afirmou. A repercussão internacional reforça a importância da narrativa para dar voz às vítimas do autoritarismo e relembrar um período sombrio da história brasileira.
Veja também
Lula anuncia visita a SC e troca farpas com Governador Jorginho Mello
Ministério revoga obrigatoriedade de carimbo em ovos
Gleisi Hoffmann assume Secretaria de Relações Institucionais no Governo Lula
Outro ponto destacado por especialistas é o impacto da obra na valorização das mulheres na luta por direitos. A advogada Ariadne Maranhão ressalta que o filme evidencia a força de Eunice Paiva, que enfrentou a repressão para proteger a família e lutar por justiça. “A arte desempenha um papel fundamental para alertar a sociedade sobre seus direitos”, pontuou.
Ainda Estou Aqui já recebeu 38 prêmios nacionais e internacionais, incluindo o Prêmio Goya e o Globo de Ouro de Melhor Atriz para Fernanda Torres. Caso conquiste o Oscar, será a primeira vez que uma produção brasileira levará a estatueta representando o país. Em 1960, Orfeu Negro venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, mas representava a França.
Independentemente do resultado, o longa se consolida como uma expressão artística que resgata a memória histórica, dialoga com o presente e amplia o alcance do cinema nacional no cenário internacional.
Nossas Redes Sociais