A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (2) uma importante redução no preço médio do litro da gasolina A vendida às distribuidoras. A diminuição de R$ 0,17 por litro passa a valer a partir desta terça-feira (3). Com isso, o valor médio cobrado pela estatal será de R$ 2,85 por litro, representando uma queda de 5,6%.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
De acordo com Edson Trajano, economista e professor da Universidade de Taubaté (Unitau), parte dessa redução deve chegar ao consumidor final. Isso acontecerá à medida que os postos substituírem o combustível ainda estocado por novas remessas com valor reduzido.
“Essa redução de 17 centavos é para chegar aos postos assim que for substituído o combustível que já está nas bombas atualmente”, explicou.
O especialista alerta que o consumidor deve estar atento à variação entre os postos.
Veja também
Prazo para alistamento militar de jovens nascidos em 2007 termina em junho
Cuidados com o carro no inverno: saiba como proteger seu veículo no frio intenso
“Esse é um momento que o consumidor tem que ficar muito atento na hora de abastecer, porque algumas redes podem reduzir preços mais rapidamente que outras”, completou.
Apesar da queda anunciada pela Petrobras, nem todos os postos repassam o desconto de forma imediata. Trajano alerta que, em muitos casos, os revendedores podem adiar o repasse da redução.
“A Petrobras, principalmente o governo, espera que isso replique na redução do preço da gasolina, mas muitos comerciantes do setor… podem tentar retardar ao máximo essa redução nos preços finais como alternativa para maximizar seu lucro”, concluiu.
O empresário Pedro Paiva, que opera 16 postos em São José dos Campos e região, estima que a redução no preço final para os consumidores deve chegar a cerca de R$ 0,12 por litro. Segundo ele, “acho que em torno de dois a três dias já começa a baixar o preço”.
A Petrobras reforça que os preços praticados pela companhia correspondem a cerca de um terço do valor final pago nas bombas. O restante é formado por outros componentes, como:
- Margem de lucro das distribuidoras e postos;
- Custo do etanol anidro, misturado à gasolina A para formar a gasolina C;
- Impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins);
- ICMS estadual, com alíquota variável conforme a unidade da federação.
Portanto, o preço final da gasolina depende de múltiplos fatores, o que explica a diferença entre o valor da refinaria e o cobrado nas bombas.
Nossas Redes Sociais