Um fato que vem repercutindo há um bom tempo na sociedade brasileira de uma forma geral, mas que toma corpo a cada novo acontecimento, são os maus-tratos contra animais, que sensibilizam a comunidade e faz com que o assunto seja novamente retomado.
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Após o crime ocorrido há pouco mais de um mês em Joinville, quando um cachorro foi atirado no rio por sua tutora, com a mulher denunciada pelo Ministério Público, o Portal RBV fala com a gerente do Centro de Bem Estar Animal de Caçador, Karin Luiza Ferreira, que também apresenta dados preocupantes no município.
Os dados
De acordo com Karin, o ano de 2024 começou com aumento considerável de casos de maus-tratos no município, sendo 55 já registrados em menos de 4 meses. “Infelizmente os dados são verdadeiros. Chegamos a conclusão de que as pessoas estão cada vez mais irresponsáveis, pois adquirem um animal, seja por adoção ou comprando, e não cuidam. Animais de raça também passam por isso. Os casos geralmente envolvem pessoas que levam os animais para casa e deixam ao fundo do quintal, sem acesso a água e comida e geralmente com correntes curtas, sendo animais que precisam de bastante movimento, gastar energia”, explica.
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Além disso, ela explica que a castração é essencial e que é obrigação do dono cuidar da vacinação de seu animal de estimação. “Quer ter um animalzinho, cuide. Se só consegue ter um, tenha apenas um. Se não consegue com nenhum, não tenha”, enfatiza Karin.
E tem mais. Em muitos casos filhotes que são retirados de suas mães após o nascimento, abandonados em terrenos, o que também é crime. “Pedimos para as pessoas que nos chamem pelo whatsapp, mandem fotos dos filhotes, pois temos uma grande visibilidade e possibilidade de doação. Além disso trazemos a mãe dos filhotes para castração. Não abandonem, não larguem os animais dessa forma”, ressalta.
Denúncias
Por vezes o Centro de Bem Estar Animal de Caçador recebe denúncias de maus tratos contra animais e vai até o local, onde é feita uma conversa com os envolvidos.
Na segunda visita, se nenhuma mudança existiu, a Polícia Militar Ambiental ou a Polícia Civil são acionadas. “Já houve prisões em Caçador mas este não é nosso intuito. Queremos sim que as pessoas criem consciência, respeito pelos animais”, conclui.
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